O Bruxismo caracteriza-se por um ranger de dentes ou apertar, e pode ocorrer durante o sono ou em vigília. É considerado um distúrbio benigno do sono se assintomático, mas deve ser estudado se a criança apresenta sinais e/ou sintomas de bruxismo, nomeadamente:
Desgaste dentário
Dores nos dentes, músculos mandibulares e zona temporal
Limitações dos movimentos da mandibula
Dores de cabeça frequentes
Fissuras bocais
Pode ocorrer durante a erupção e o estabelecimento da oclusão dentária, no entanto, depois da criança ter todos os dentinhos, temos de tentar perceber a razão do bruxismo.
As causas são multifatoriais e passam por: desalinhamento dentário, má oclusão dentária, hereditariedade (20 a 50% das pessoas tem pelo menos 1 familiar com bruxismo), período de maior stress ou ansiedade (chegada de um irmão, mudança de casa, problemas na escola). Pode estar associado à presença de apneia do sono, alergias respiratórias e refluxo gastro-esofágico. É bastante prevalente nas crianças com perturbações do espetro do autismo e alterações craneo-faciais (Síndrome de Down). Ocorre sobretudo nas fases mais superficiais do Sono (fase 1 e 2, fase REM), e, normalmente, existe uma enorme variabilidade na intensidade e duração dos episódios de bruxismo.
O bruxismo pode também surgir durante a vigília, devido, sobretudo, ao stress ou a grandes períodos de concentração, manifestando-se, principalmente, pelo cerrar dos dentes e não tanto pelo ranger.
O diagnóstico gold standard para o Bruxismo é a polissonografia, durante a qual o sono é monitorizado, bem como a atividade dos músculos masseteres. No entanto, se observados os sinais/sintomas descritos acima, bem como o reportar do som pelos pais da criança, pode supor-se com quase certeza que estamos perante um caso de bruxismo.
O bruxismo pode causar microdespertares noturnos, mas é pouco frequente! A má qualidade de sono está presente quando associado a outras patologias do sono, como a apneia do sono, por exemplo. O sono mais alterado é mesmo o de quem dorme com a criança, pois o som pode ser realmente incomodativo e preocupante.
Para tratar ou minimizar os efeitos do bruxismo:
pode utilizar-se uma goteira de estabilização noturna (situações excepcionais nas crianças) para proteção dos dentes
Fisioterapia – eliminação das contraturas
Psicoterapia - gestão de stress, concentração
Nas crianças, é de extrema importância eliminar fatores de stress que possam estar a condicionar períodos mais “intensos” de bruxismo! Nunca esquecer que se os sinais/sintomas estiverem presentes, a situação deve ser discutida com o pediatra e/ou médico/ médico dentista, especialista em sono.
uem por aí está familiarizada/o com os termos Melatonina e Melamil?!
Pois bem, passo a explicar; a Melatonina é a chamada "hormona do sono", pois a sua libertação está associada à indução do sono. Ela é produzida pela glândula pineal, que se localiza no cérebro, e a sua produção começa por volta dos 4 meses de idade do bebé. É também nesta altura que o bebé inicia a regulação do ritmo circadiano, o ritmo dia/noite.
A produção e regulação desta hormona está diretamente relacionada à luminosidade. Ou seja, quando começa a escurecer, a hormona começa a aumentar..... no entanto, se estamos expostos a luminosidade diversa na hora de dormir, como luz de televisão, telemóvel, tablet, luzes artificiais, a produção de melatonina é afetada. E aqui podem surgir alguns problemas no adormecer.
O Melamil não é mais do que um suplemento artificial de Melatonina. Ajuda, sim, a criança a adormecer mais rápido, mas não vai resolver os múltiplos despertares noturnos (se a criança os tiver). Está, sim, recomendada em alguns casos específicos como perturbações do espectro do autismo, alguns casos de hiperatividade e défice de atenção e epilepsia, patologias do foro cerebral, entre outros.
Antes de iniciarem Melamil, pensem se já tentaram potenciar a produção natural desta hormona:
💥Exposição à luz natural pela manhã
🙈Minimizar a exposição a luz artificial ao final do dia
😴Evitar ecrãs antes de ir para a cama
🥱Rotina calma e tranquila
Entre outros!
Aconselhem-se com um profissional de forma a melhorarem as rotinas dos vossos pequeninos!
(Na foto, mensagem Whatsapp de uma mamã após a nossa consulta)
Aqui está uma relação que muitos pensam inequívoca: amamentação e sono! Muitos pais cujos bebés dormem pior atribuem à amamentação…. E quantas vezes já ouvimos a máxima “dá-lhe um biberão de leite antes de dormir que aguenta mais tempo!”….mas…será mesmo assim?
Fui rever a bibliografia e a informação é, algumas vezes, contraditória: se, por um lado, temos estudos que nos dizem que os bebés em LA (leite adaptado) precisam de se alimentar menos vezes1 e podem dormir mais profundamente que os bebés em LM (leite materno)2, por outro, sabe-se que os pais podem ter uma influência poderosa no desenvolvimento do padrão de sono dos seus filhos. Num estudo realizado em Inglaterra, os pais foram instruídos a dar LM a horas certas (entre as 22 e a 00h) todas as noites e a gradualmente irem espaçando os intervalos entre as mamadas noturnas, confortando o bebé de outras formas (envolta, fralda, embalo, passear ao colo). Às 3 semanas, os bebés do estudo em LM mostraram períodos de sono significativamente maiores; mamavam menos à noite, mas compensavam durante a manhã. O consumo de leite nas 24h não diferiu nos 2 grupos (LA e LM).3 Outro estudo concluiu que a amamentação está associada a uma redução da consolidação do sono nos bebés. Esta relação, no entanto, pode ser devido às práticas dos pais em relação à amamentação como amamentar até o bebé adormecer e fazer o mesmo em cada despertar noturno. Mais, os pais de bebés com problemas de sono devem ser encorajados a limitar a associação entre amamentar e adormecer, para melhorar o sono enquanto se amamenta.4
No entanto, sabe-se que os bebés a LM podem despertar mais porque o leite materno é feito especialmente para o seu filho – com quantidades de gordura e proteína, por exemplo, sob medida – por isso, é digerido rapidamente, e o bebé pode ainda auto-regular a quantidade que consome dependendo do seu apetite e capacidade gástrica. Já no que diz respeito à fórmula, a quantidade que é oferecida ao bebé é grande parte das vezes desajustada para a idade e sobretudo dimensão do seu estômago.
A Academia Americana de Pediatra, publicou recentemente um estudo importante, em que se observou que os bebés amamentados tiveram sono mais fragmentado, incluindo um aumento de despertares noturnos. No entanto, o seu padrão de sono – adormecer, tempo a dormir seguido, e tempo total de sono – estabiliza mais tarde, ficando com o mesmo padrão de bebés LA aos 9 meses de idade. Aos 6 meses, a presença dos pais no adormecer teve um papel importante no sono, mais do que a amamentação. Estes resultados sugerem que as interrupções do sono associadas à amamentação resolvem c o tempo.5
A autora do estudo diz “as famílias preocupam-se que o seu bebé não irá dormir bem devido à amamentação. O nosso estudo revela que apesar de ser verdade que bebés LA têm menos despertares noturnos e dormem por maiores períodos de tempo que os bebes LM, não há diferenças no tempo total de sono. E mais importante, aos 6 meses, não existem as diferenças nos padrões de sono. Assim, as famílias não se devem preocupar com os problemas de sono enquanto amamentam.”
As palavras da autora dizem tudo. Se o seu bebé está a LM exclusivo e não dorme a noite toda como o bebé da vizinha a LA, não se preocupe! Está tudo bem! É normal ele despertar mais vezes devido à rápida absorção do LM. Também é normal que daqui a uns meses ele durma tão seguido como ele ou até mais! Como está escrito acima, se no início os despertares são mais frequentes, depois de uns meses tudo estabiliza. O que acontece muitas vezes é que o bebé fica com associação de sono à mama, e só adormece a mamar….isto faz com que, em cada despertar, precise do auxílio da mama para dormir. Mas isto já não se prende com fome ou com a amamentação propriamente dita…. É um indutor de sono, como o balançar ou o colo. Infelizmente, isto faz com que muitas mães abandonem a amamentação precocemente, devido ao cansaço das noites, por acharem que o bebé dorme mal devido à amamentação. Errado! E possível prolongar a amamentação e dormir bem! Os estudos mostram isso. A atitude dos pais tem grande influência no sono dos filhos, lembrem-se. E o LM é tão bom, todos sabemos os seus benefícios. Por isso esqueçam ideias pré-concebidas….é possível um bebé amamentado dormir bem, sim :)
1 – Centers for disease Control and revention. Infant Feeding Practices Study II, Chapter3, Infant Feeding, Atlanta, GA: CDC, 2008.
2 – Kahn A, GroswasserJ, Franco P, et al. Factors Influencing the determination of arousals thresholds in infants – a review. Sleep Med 2000; 1: 273 – 278.
3 - Mahesh Babu Ramamurthy Rini Sekartini Nichara Ruangdaraganon Duy Houng T Huynh Avi Sadeh Jodi A Mindell. Effect of current breastfeeding on sleep patterns in infants from Asia‐Pacific region, First published:23 May 2012
4 - Teresa Pinilla and Leann L. Birch. Help Me Make It Through the Night: Behavirol Entrainment Breast-Fed Infants' Sleep Patterns. Pediatrics February 1993, 91 (2) 436-444.
5 - Jodi A. Mindell ,Courtney Du Mond,Jason B. Tanenbaum &Euen Gunn. Long-Term Relationship Between Breastfeeding and Sleep. Accepted author version posted online: 23 Apr 2012, Published online:20 Aug 2012
Vivemos tempos difíceis e, no mínimo, estranhos. Confinados às 4 paredes do nosso lar, com ou sem filhos, com ou sem trabalho, com ou sem roupa/cozinha/todo-um-panóplio-de-cenas-diversas para arrumar e limpar, a todos tudo nos passa pela cabeça. Vou ficar doente? Os meus estarão bem? Quando é que isto vai acabar? A vida voltará a ser igual?
As 24 horas do nosso dia levaram uma volta de 180 graus e isso, claramente, interfere no nosso sono. E no dos nossos pequenos! A ansiedade com que encaramos este momento reflete-se, de forma direta, nas nossas noites. A maioria das pessoas com quem falo referem pelo menos uma alteração no seu sono: demoram mais tempo a adormecer, acordam mais cedo, têm o sono mais fragmentado. Uma amiga dizia-me “eu adormeço bem mas acordo às 6h a hiperventilar….”. Outra, enfermeira, conta que quando fecha os olhos só vê fatos de proteção à frente dela. Pessoas que deixaram medicação para dormir, voltaram a tomá-la, outras dizem que apesar disso já nada faz efeito. Eu própria, confesso que quando me deito e fecho os olhos, a primeira coisa que vejo é a imagem do vírus, tão difundida nos meios de comunicação. E ouço a música do TOPs e baby shark. Em loop, com o vírus a dançar (insanidade de mãe!!!).
Mas afinal, é inevitável que assim seja, certo? Se o sono é o nosso tempo de reflexão, ainda que inconsciente, o nosso acumular de aprendizagens e experiências, obviamente que esta pandemia, e consequente mudança na nossa vida, o iria afetar.
Mas com o abalar do nosso sono, mal ou bem, podemos nós… o pior é quando afeta as nossas crianças. Reparo que, nas minhas consultas, a queixa mais frequente nesta altura são as sestas e a luta contra o sono. Os pais não conseguem que os filhos façam as sestas como de costume, consequentemente os miúdos ficam irritados, fazem birras e, mais tarde, lutam contra o sono. Os pais, em casa, com teletrabalho, a rezar por aquela 1h30 em que os filhos dormem para poderem despachar o trabalho mais rapidamente, ficam passados-dos-carretos, sem paciência, esgotados portanto. E passam isto para os filhos, que ficam ainda pior. Estão a ver o efeito bola de neve?
Os pequenos não têm culpa. Os pequenos precisam de rotina, independentemente da idade. E isso foi irremediavelmente alterado por estes dias. Basta o não saírem de casa!!! Sem escola, sem amiguinhos, sem idas ao parque. Com os pais 24h, quando alguns deles quase não os veêm durante a semana. Que alegria, que excitação! Percebem em como isto os afeta, e ao seu sono?
Nos pequeninos, as alterações mais comuns são as que descrevi em cima. Nos maiorzinhos, a coisa pode complicar mais um pouco. A partir dos 6 anos, eles são muito mais conscientes do que se passa no mundo. Com o excesso de notícias e informação, podem começar a pensar demais no que se passa e daí vir… a insónia. Os pesadelos. Os terrores noturnos. Cabe a nós, pais, tentar controlar a nossa própria ansiedade e falar com calma sobre esta coisa do Coronavírus, do lavar as mãos, do termos de ficar em casa durante um tempo, falar com alguma ligeireza, transmitindo uma certeza: vai ficar tudo bem.
Aqui está uma questão que me colocam muitas vezes… o meu bebé deve dormir num ninho? É seguro?
Os ninhos estão actualmente muito em voga no mundo da puericultura; cada vez mais os recém papás procuram este artigo em substituição do típico berço ou para colocar mesmo dentro da cama de grades ou de um berço maior, para que o bebé se sinta mais aconchegado. Sabemos que o recém-nascido gosta de sentir aconchego, esta quase que “falta de espaço” que lhe faz recordar o útero e dormir mais tranquilamente. No entanto, algumas vozes surgiram recentemente dizendo que os ninhos não são totalmente seguros e recomendáveis, uma vez que não vão de encontro às normas de segurança, podendo ocorrer o risco de sufocação do bebé. O My Sleepy Baby foi procurar as evidências:
Segundo os artigos recentes1, não está documentado nenhum caso específico de Síndrome de Morte Súbita num recém-nascido envolvendo a utilização de um ninho. A verdade é que não existem estudos científicos direccionados apenas para a utilização do ninho, por isso, a evidência científica não nos diz ainda se o ninho ajuda ou não o bebé a dormir, se o risco de sufocação está aumentado ou não, se a sua utilização está ou não a aumentar.
A Academia Americana de Pediatria começou já a explorar este produto, no entanto ainda sem lançar estudos conclusivos. Assim sendo, não existem restrições, recomendações ou limitações ao seu uso, apenas precaução na sua utilização, com base nas normas já estabelecidas para a Síndrome de Morte Súbita do Latente (SMSL). Assim, sabemos que o bebé deve dormir numa superfície firme e plana, logo, é de evitar completamente aqueles ninhos muito fofos, almofadados por baixo e com grandes almofadas laterais.
Outra recomendação importante é que o bebé não deve estar sobreaquecido; assim, deve verificar-se o material de que é feito o ninho, se é um material muito quente ou plastificado não deve ser utilizado. O ideal é que seja num material respirável e lavável (algodão).
Outro aspecto importante, os pais devem verificar se não existem fios de costura soltos onde o bebé se posso prender e magoar, bem como se as laterais do ninho se mantêm firmes ao longo do tempo, não havendo risco para se dobrarem sobre o rosto do bebé. A lavagem do ninho deve ser feita com produtos adequados e na mesma frequência da roupa de cama.
Investigação nesta área é extremamente necessária neste momento. No entanto, enquanto não surgem novas publicações, uma revisão da evidência sugere o seguinte:
- Evite ninhos que têm colchão fofo incluído
- Usar o ninho apenas quando o bebé pode ser supervisionado enquanto dorme, de forma monitorizar o sobreaquecimento e verificar se o bebé não dorme com a cabeça encostada nas laterais do ninho.
- Não usar o ninho em sono não supervisionado.
- Não utilizar um ninho em segunda mão – o risco pode ser aumentado (danos, historial não conhecido)
Se usar o ninho, sempre siga as seguintes guidelines:
- não deixar o bebé dormir no ninho sem supervisão (apenas nas sestas, em que se pode monitorizar regularmente)
- sempre colocar o ninho numa superfície lisa, firme, e estável.
- o bebé deve estar na mesma divisão que os pais
- verificar regularmente se o bebé não vira a cara para as laterais do ninho ou se está sobreaquecido
- não deixar nada solto que possa cobrir a face do bebé
- posicionar o bebé com os pés a tocar no fundo do ninho, dando o maior espaço possível entre a cabeça do bebé e as laterais do ninho
- E, claro, sempre colocar o bebé deitado de barriga para cima.
Assim, não existem neste momento contra-indicações à utilização do ninho, desde que se cumpram todas as regras de segurança relativamente à SMSL. Verificar sempre se o ninho é feito com material apropriado e que não sufoque ou comprima o bebé. Em alternativa ao ninho, os pais dispõem dos sacos de dormir, que não representam perigo de sufocação e aconchegam e mantêm o bebé quente.
Os terrores noturnos são mais frequentes entre os 2 e os 5 anos, mas podem surgir precocemente, aos 18 meses. Caracterizam se por:
a criança grita, um grito de terror!, senta se, está agitada, alucinada, parece debater se e lutar contra algo ou alguém. Se os pais tentam acalmar, a criança não reage e parece nem os reconhecer.
as tentativas de parar este comportamento são infrutíferas.... o melhor a fazer é tentar não acordar a criança, interpretando um papel naquele "filme" e guiando a, calmamente, de volta a cama, impedindo que se magoe.
reforçar a higiene do sono e promover atividades relaxantes antes de dormir, pode ajudar a diminuir a intensidade e frequência dos episódios.
a privação de sono pode ser um gatilho para episódios mais recorrentes.
Os terrores noturnos acontecem com mais frequência na primeira parte da noite. Quando a criança acorda de manhã, não se recorda do que aconteceu! Trata se de um distúrbio benigno e bastante típico nas crianças, mas se estes terrores forem muito frequentes, com compromisso da integridade física, deve proceder se a uma avaliação mais detalhada.
Muitas famílias me dizem em consulta "o meu filho não gosta de dormir"...! Confesso que fico triste com estas palavras, porque todos os seres gostam e sabem dormir! Dormir SÓ faz bem. A tudo. Um bebé/criança a quem foram incutidas boas sensações relacionadas com o sono desde sempre, terá maior facilidade em aceitar o sono e dormir por maiores períodos de tempo. Podemos, desde o nascimento, promover uma boa relação do nosso bebé com o sono, para isso:
promovendo bons rituais e rotinas, que sejam prazerosas e de conexão para a criança e em que o ambiente e condições para o sono sejam propícias a um sono tranquilo e relaxado
proporcionando o número correto de horas de sono adequadas à criança (para isso, o deitar cedo é fundamental)
tentando que tenha um sono prolongado, nomeadamente nas sestas (exemplo: bebé recém-nascido que só dorme ao colo, preferível poucas sestas de 15min ou boas sestas de mais de uma hora?) e de qualidade
não forçando situações - chorar até adormecer de exaustão pode criar na criança sentimentos antagonistas ao adormecer
tranquilidade e harmonia no adormecer, tão importante para a criança associar o sono a algo bom, importante, relaxante, sentir-se segura e amada.
Entrada na creche significa ajuste de rotinas!
Provavelmente o vosso bebé vai ter de despertar mais cedo devido aos horários a cumprir pelos papás - acordar, vestir, comer, entrar no carro e, em alguns casos, percurso loooongo até à creche, tudo isto contribui para um despertar bem matutino!
Final do dia com bebé cansado, birrento, cheio de sono! Deixar que durma no caminho para casa, proporcionar uma sestinha de final de dia em casa ou ter o cuidado de ligar para a creche antes de o ir buscar, para confirmar se está ou não a dormir! Porque podem adormecer na hora em que os vamos apanhar e depois são acordados, ficam aborrecidos e não dormem mais.... é preferível que façam então esta pequena sesta lá, se não conseguimos ir buscá los em tempo útil.
Deitar mais cedo! Devemos proporcionar aos nossos filhos o número correto de horas de sono noturno. Reparem, um bebé que passa a ser acordado às 6h30, jamais se poderá deitar às 22h! São apenas 8h30 de sono, que pode até nem ser contínuo. Ajustar o horário de dormir aos sinais de sono do bebé, hora a que acorda, número e horas de sestas do dia.
Ao fim de semana, tentar manter os horários da semana. No período de adaptação, será benéfico manter os horários consistentes mesmo ao fds (30min para a frente ou para trás). Mais tarde, avaliem o vosso bebé, se é uma criança muito dependente de rotinas para estar e dormir bem, façam no. Se, por outro lado, adapta se sem problema a pequenas alterações, adaptem os horários à vossa realidade de fim de semana, tentando não fugir às horas de sono necessárias diurnas e noturnas.